Programa da Feira
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“Raízes”, o álbum de estreia de Nininho Vaz Maia, já consagrado com o galardão de Platina, ė editado pela primeira vez em CD. A edição física chega no final de um ano de reconhecimento como um dos grandes fenómenos nacionais, ao esgotar os coliseus de Lisboa e Porto, assim como diversas cidades em nome próprio.
Artista sensação da música portuguesa, conquistou inesperadamente os fãs em 2019 com os seus temas originais no YouTube, somando mais de 67 milhões de visualizações orgânicas no seu canal oficial. Flamenco, pop e tradição cigana unem-se em estúdio num estilo próprio assinado por Avelino Abel Vaz Maia (Nininho).
O álbum que conta com 11 faixas é uma sentida homenagem às suas raízes, a comunidade cigana. As canções viajam por esse mesmo universo, garantindo um estilo musical único, feito com emoção, sem receio do erro e com um objetivo muito claro: transmitir sentimentos reais. O Flamenco e o pop unem-se em estúdio e ao longo do disco a guitarra de Gilberto Maia (Popinho) e a voz absolutamente contagiante de Nininho convidam a uma viagem ora dançável, ora contemplativa.
Além da ambição musical, Nininho Vaz Maia ofereceu aos fãs vídeos oficiais para todas as cançōes do álbum. Para o artista, todo o processo foi “um sonho tornado realidade. Sinto que foi um caminho muito longo para chegar aqui. Claro que a receção dos fãs à música que faço foi o grande motor para ter coragem de ir para estúdio e preparar este longa-duração. Mas a verdade é que a grande força veio da minha família e amigos. Eles são a minha grande inspiração. Tem sido para mim incrivelmente satisfatório dar a conhecer melhor a comunidade cigana através da música. Romper alguns tabus, quebrar barreiras através das palavras do amor e da música. Tenho ainda a sorte de ter a meu lado músicos incríveis, produtores extraordinários e uma equipa de imagem fabulosa. Sou muito grato por tudo o que tenho recebido”.
Nininho Vaz Maia tem como objetivo elevar a cultura cigana e representá-la com orgulho. O flamenco, um estilo musical durante séculos perseguido pelos conflitos de vários povos, é hoje um género respeitado graças a nomes como Paco de Lucia, Camarón de La Isla, Niña Pastori e até jovens artistas como Rosalía, que têm vindo a combater o preconceito e a mostrar o verdadeiro valor do flamenco. Em “Soy Gitano”, uma das canções apresentadas ao público ainda na primeira fase da sua carreira, o artista deixa bem claro na letra o forte orgulho pelas suas origens.
A mescla explosiva entre o flamenco e a pop de Nininho Vaz Maia, ora cantada em português ora em espanhol, deu provas da sua qualidade e o artista já soma um acumulado superior a 67 milhões de visualizações no YouTube e outros tantos milhões nas plataformas de streaming. Um verdadeiro caso de sucesso que finalmente dá palco em território luso ao género musical declarado em novembro de 2010 Património Cultural Imaterial da Humanidade pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura.
22:00
Palco Sant'Iago